sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

retornando das cinzas e

Ok, eu estou de volta. Meu pc deu pau direto, não queria ligar, etc, etc, etc. Depois de tantos problemas, minha tia abençoada deu um novo, aí foram mais dias pra escolher, pra compra dar certo, etc, etc, etc. Somente hoje o computador novo, e agora estou idolatrando ele, sua configuração abençoada, seu monitor legal, a rapidez incrível. Enfim, ainda preciso ajeitar alguns problemas que ainda não sei como instalar, e todos os meus dados ficaram no outro HD, de modo que estou nesse pc "pelado" :(

Mas a internet funciona, e logo darei um jeito pra ter meus dados nesse computador. O que vou dizer é que fiquei mega-surpresa com o resultado da Blorkutando:



Sim, está lá: Pernicie, em 1º lugar. Parabéns pra mim! *-*

Só duas observaçõezinhas para o pessoal do blog (que duvido que vão ler isso aqui, mas enfim):
1. Pernicie, no Aurélio, tem acento. Então é Pernície. Não culpo, é uma palavra muito desconhecida, que acho que ninguém sabe o significado. Eu só peguei essa palavra porque a achei no acaso no dicionário Aurélio, gostei dela e do seu significado extremamente sombrio e macabro.

2. Eu me chamo Luna Fortunato, e não Luna Furtado como colocaram no blog do Blorkutando, please. É muito chato ver seu nome errado, mesmo quando você está em primeiro lugar '-'



Como eu fiquei dias e dias sem computador, sem internet, sendo que o único contato com a civilização era da forma passiva, a fabulosa TV, então eu dediquei meus dias a assistir novelas, ler livros e ver todos os filmes que minha mãe trouxe, financiando o admirável comércio de armas ilegais e prostituição financiado com os DVDs piratas.

Então, fikdik:

O Quarto Procedimento é um livro que fala de aborto. Quer dizer, o tema inicial dele é sobre três caras que aparecem mortos, no necrotério, cujos fígados faltam, parecem que tiveram as veias drenadas, e uma boneca no abdomên. Mas na verdade fala sobre a situação do aborto, porque é isso que está em discussão nos EUA, e mais especificamente, em Washington. Jack é um congressista a favor de que mantenham o aborto legal, sua amada-quase-esposa Victoria é uma feroz advogada a favor das mulheres espancadas e acha que proibir o aborto é um estupro à mulher. Do outro lado há o Titus que pode ser o próximo Juiz do Supremo Tribunal e ele é radicalmente contra o aborto, em qualquer situação, e está sendo apoiado por Elis Grave que não se incomoda de fuxicar os podres de Jack para jogá-los na praça pública e assim desmerecê-lo na luta. E no meio disso tudo, há Molly e Elliot que pesquisam sobre os cadáveres de origem misteriosa.

Em resumo, é muito difícil terminar o livro e não ser a favor de que liberem o aborto. Tem argumentos de sobra. Eu só digo que a escrita não é das melhores, mas é bem passável e os argumentos são sublimes. A melhor é a defesa de Rachel no final. Um dia ainda transcrevo ela ;)

Decididamente os melhores filmes são da Disney + Pixar. São os animados os que mais merecem a nossa atenção. São aqueles feitos por desenhos ou por computadores aqueles com as melhores ironias, as melhores sacadas, as melhores "atuações". Talvez eu esteja exagerando, afinal Chicago, Moulin Rouge e Piratas do Caribe são excelentes. É só que ADORO animados. Pode ser em desenho, massinha de modelar ou inteiramente digital, não interessa: eu amo. Pocahontas é absolutamente perfeito, e WALL-E se tornou um TOP 10 dos melhores filmes. E ele quase não tem diálogo!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

eles acham que podem comprar a paz



Consumismo. Sabe, aquela coisa de querer, desejar e, principalmente, precisar de tudo. Uma patricinha precisa de roupas, uma nerd precisa do mais novo jogo Empire of Age, porque - ora, você é o que você compra. Se você compra muitos cosméticos e roupas, você é vaidosa. Se você compra muitos livros, você aprecia literatura. Se você compra sempre o mais recente lançamento da Apple, Sony ou Motorola, você é aficcionado por tecnologia. Se você não compra nada, você é pobre. E muita pouca gente nessa sociedade dá atenção aos pobres, lamento dizer.

Uma roupa, um celular, um videogame, um livro, vale gastar tudo se isso significa ter mais prazer, ser incluído entre seus amigos, e se sentir com aquela sensação de "eu tenho". Porque o sentimento é bom, enche a alma de felicidade... até você pensar na próxima aquisição. Até você querer mais um. Até você passar pelo shopping, e ver a nova moda. O novo lançamento. O novo "melhor-livro-da-década". Afinal, como dizem, você é o que você compra. Você pode ser de qualquer tribo, não adianta: você tem que consumir pra pertencer a algo. McDonald's? Capitalista. Botas Prada? Patricinha. E rica. Óculos wayfarer? No estilo. Camiseta de Led Zeppelin? Rock. E assim, por itens variados, identificados todos os estilos, todos os rótulos e colocamos todas as pessoas na prateleira, como bonequinhos que compramos para a priminha.

Essa mania de querer consumir e passar a ver nas pessoas como reproduções fiéis do que elas compram pode trazer inconvenientes, problemas e coisas do gênero. Alguém pode começar a se viciar na sensação vitoriosa de "eu tenho", tendo problemas como cheques sem fundo, cartões de crédito bloqueados e amizades vazias. Afinal de que vale se alguém só consegue enxergar em ti o que você tem, e não o que você é? De que vale ter tudo o que você deseja se não vai ouvir um "eu te amo" sincero? O seu computador pode ser do ano passado. O seu celular pode ser de seis meses atrás. Suas roupas podem ter saído de moda. Mas o computador ainda funciona, o seu celular ainda liga e recebe, suas roupas ainda te vestem tão bela como vestiam. Para quê mais? Pretende fugir de que problemas comprando tanto? Se travestindo de algum personagem que pode ter tudo o que quiser, quando na verdade é somente alguém que não consegue encarar a vida real? Que aceita ser rotulada, que permite que sua alma se torne rasa, que sua personalidade fique enfadonha e cansativa?

Não há realmente uma única pessoa culpada. Porque crianças berram e aprendem que conseguem o que querem berrando, e não podemos culpá-las porque são crianças, e elas reproduzem o que elas vêem em casa, rua, escola. Porque pais dão aos seus filhos tudo o que eles querem, e não conseguimos culpá-los porque eles vivem cansados, estressados e só querem sossego, não entendendo a importância de cada "sim" e "não. Porque propagandas incentivam as compras, e não pensamos em culpá-las porque essa é a função da propaganda: convencer você a comprar. E crianças cedem, pais cedem, e crianças crescem, tornam-se adolescentes, pais continuam cedendo... e já é tarde demais. É um jogo triste e estranho, que confere vazio à vida de todos, à vida dos pais que só trabalham para satisfazer todos os desejos, e à vida dos filhos que se vêem precisando de tudo para alimentar seus egos, suas vidas, suas almas.

Mas há uma coisa que essas pessoas tão vazias, compulsivas e rotuladas, não sabem. É simples: a alma não pode ser alimentada com roupas, videogames, celulares, sapatos, livros. Você não pode comprar a paz, porque ela não está à venda.

Ela se conquista, a cada dia que você experimenta olhar para si mesma e gostar do que viu.
Ela se molda dentro de você, em sua consciência.
Paz é dormir com a consciência tranquila. Pode até dormir usando o pijama mais caro, mas isso deve ser algo absolutamente irrelevante para você. Afinal só se consegue livrar dos fantasmas do consumismo, desejo desenfreado e excessos da sociedade, quando você sabe que você não precisa de nada dessas coisas para continuar sendo a pessoa inteira que é.



Quem fazia isso era minha irmã quando pequena. Pedia o McLanche Feliz só pelo brinde, e minha mãe que tinha que engolir tudo...


Imagens: Google.
Pauta pro Blorkutando, primeira vez que participo.

P.S.: meninas, que bom que concordam comigo no post anterior. Imagino se poderei fazer propaganda na comunidade da CH usando aquele post... quantos comentários revoltosos eu aguentaria?