segunda-feira, 30 de novembro de 2009

para se ler jogada no sofá



Vai ser um post rápido, porque não tenho muito tempo -aleluia pra irmã com quem tenho que dividir o pc D:

Bem, vou dividir a dica de um livro que se chama, hm... *-*
... Onde terminam os arco-íris.


Eu sei, tem mó cara de auto-ajuda com psicologia de 8ª categoria. Mas eu prometo: é um romance, é fofo e se você apertar o livro, sai mel de tão doce que é, rs rs. É todo em mensagens, tipo e-mails, mensagens de celular, cartas, todas essas coisas escritas que desenrolam sobre uma história a respeito da Rosie e Alex desde os sete anos de idade. Ambos vivem em Dublin, Irlanda, até o dia que Alex tem que se mudar para Boston, EUA.

Chega a ser irritante pelo péssimo timming dos personagens: quando um está ok, outro está para baixo. Mas ainda assim é deslumbrante ver como os dois continuam amigos apesar de tudo, brigam pra valer e se reconciliam, e como um participa da vida do outro: casamentos, filhos, trabalhos. Rosie sempre leva uma porrada do destino, Alex está sempre com alguma coisa a lhe atrapalhar - e no meio disso a Ruby, Greg, Katie e tantos outros personagens essenciais para a trama como os pais de Rosie demonstram como participamos dessa coisa estranha que é a vida.

Eu indico esse livro pra você dar a sua mãe no Natal. Eu o achei especialmente inspirador para mulheres de meia-idade, justamente porque ele fala da sensação de estar perdendo oportunidades enquanto a vida passa, de como é ter mais de 40 anos e ainda assim ter aquele maldito sentimento de "meldelz eu não fiz nada até agora!" e imagino que muita mulher deve passar por isso. Além disso é uma leitura deliciosa, daquele que você se joga num sofá e só sai quando termina o livro, sabe?




P.S.: sempre sentirei saudades, 421.

domingo, 29 de novembro de 2009

dois filmes sobre família

Orações para Bobby.




Sinopse: uma família super-religiosa composta de um pai, uma mãe, dois garotos e duas garotas. E um dos garotos é gay. Pronto, sua mãe quer lhe fazer mudar a toda força colocando versículos da Bíblia por todo o canto, Bobby (o tal garoto) já não aguenta mais todo mundo lhe olhando como se fosse um marginal, e etcétera. Até que... Bobby se mata. Pois bem, isso está na sinopse embora demore uns 40 minutos para acontecer isso. E então a mãe começa a reavaliar seus atos.

Comentário: não é um filme original, nem nada do tipo. Não tem um final de deixar você de boca aberta, nem uma fotografia maravilhosa e etc. Porém é um filme que recomendo a todo mundo pelo enredo, pelas atuações e pelo roteiro. E principalmente pela mensagem embutida. A mãe, Mary Griffith (interpretada por Sigourney Weaver - a única outra coisa em seu currículo que já vi foi WALL-E, no qual ela faz a voz do computador), vê seu mundo se desmoronar quando Bobby (interpretado por Ryan Kelley, que fez Smallville em algum papel desconhecido por mim) se diz gay diante do irmão que conta à mãe que conta pra todo mundo. Antes ela era a mãe duma família perfeita: tradicional, cristã, correta. Em seguida, com a revelação, ela passa a agir como se Bobby fosse um pecador que ela tem que salvar do fogo eterno porque ela deseja que toda a família se reúna, depois da morte. Isso significa espalhar pela casa papéis com frases da Bíblia que declaram o quanto podemos nos redimir, basta termos força de vontade. Obviamente Bobby vai ficando revoltado com isso, e vai se dividindo entre a família e ele mesmo. Até a noite trágica que ele resolve se matar, e dar um fim a tudo isso.

Eu recomendo o filme para todas as pessoas, inclusive para os pais. Principalmente se você for gay e quer se assumir perante seus pais: faça-os assistir ao filme, e no fim, quando sua mãe estiver caindo em lágrimas, revele-se. Não consigo imaginar como alguém vai ter coragem de dizer que gays são errados e pervertidos depois de ver o filme, é uma incoerência ilógica! Quando a mãe procura respostas pra saber se o filho está no inferno ou não, acaba indo se deparar com um universo que lhe mostrou o quão estava errada em discriminar Bobby. Seu erro já foi feito, porém ela percebe que ainda há uma forma de se redimir: lutar para que não haja outros Bobbies que queiram se matar, outros Bobbies que se sentem humilhados e depreciados pelas suas famílias. Em suma, ela se torna uma ativista em prol dos direitos dos gays. Além disso a história é baseada em fatos reais, ou seja, tem pontos a mais - adoro filmes lindos baseados em fatos reais.

Sinceramente, esse filme deveria passar na TV tipo Globo ou Record. Na Sessão da Tarde e não vejo porquê não - já passou um filme na Sessão da Tarde que falava sobre tráfico de bebês, muito bom por sinal. Porém sabemos que o tema é sério e pesado pra crianças verem, e se eles acharam esse filme adequado para crianças, então Orações para Bobby também deveria passar: não tem sexo, não tem violência, nem diálogos obscenos. O máximo que rola são beijinhos hetero e gay, nada de mais. Além do mais o filme foi feito para a TV, ou seja, nada que contradiga a moral tem no filme. É um filme muito decente e correto que rola de assistir com qualquer um, até com um bebê.



Uma Prova de Amor




Sinopse: uma família descobre que a garota caçula, Katie, tem câncer diagnosticado com uns três anos de idade, e a saíde "brilhante" que os pais encontraram foi terem uma filha geneticamente compatível para que ela possa doar as coisinhas do corpo dela para a irmã. Durante onze anos, Anna vai doando tudo: células, sangue, medula. Quando os rins de Katie deixam de funcionar, Anna já tem onze anos e um histórico médico de impressionar qualquer um com tantas internações, doações e problemas decorridos em função de tanto ajudar a irmã, funcionando como uma cobaia. Nesse período, a mãe de Katie e Anna decide que a mais nova, a Anna, tem que doar um dos seus rins para a Katie. Anna se recusa e processa seus pais, pedindo por emancipação médica. E eis a história se desenrola.

Comentário: lindo e doce. Basicamente mostra como uma família desabou e depois se estruturou em forma da doença da filha, e quando algo tenta 'tirar' essa doença, a família se vê sem seu chão de novo. A briga entre Anna e seus pais, enquanto ela argumenta que é tão gente quanto a irmã, e merece atenção, os enlaces no tribunal na qual uma garotinha de 11 anos pede ajuda à juíza para ter o direito de não ter que se deitar e doar algo sem sua autorização, a luta de Katie para que todos aceitem que ela quer morrer - e em paz, além de seu sentimento de culpa por ter 'roubado' a atenção da família, tudo isso pincelado de cenas doces e ternas.

Além disso Cameron Diaz prova que sabe fazer drama quando está no papel da mãe que deixou de trabalhar com advocacia pra cuidar da filha e se desespera só de imaginar a garota morta. Se pra manter a Katie viva tem que mantê-la num hospital, vomitando 24h e ingerindo remédios que fazem mais mal do que bem, ela o faz. E aliada com a Abigail Breslin (esse é um nome que você tem que guardar: ela fez a Pequena Miss Sunshine e Sem Reservas e arrasou), a atriz que interpreta a Anna, a garota gerada para manter a irmã viva, Cameron se torna ainda mais dramática, realista e crível. As duas simplesmente são maravilhosas. ;*



Ela não é uma graça? rs


Ah, sim, coisas pessoais, deixe-me ver:
• Estamos indo relativamente bem na arrecadação de dinheiro para viajar até Campinas - SP fazer a última prova da Olimpíada de História. Estou realmente empolgada, e ao que tudo indica, viajaremos dia 10 de dezembro! *-*

• Ainda bem que logo, logo ficarei de férias. Pode ser que eu saia da escola, o que é muito provável considerando minhas notas em Quimíca e Eletricidade Básica e o fato de que eu não estou afim de encarar o 2º ano mais uma vez. Então provavelmente sairei de lá e farei o 3º ano com dependência em Quimíca (já que Eletricidade só tem na minha escola), o que pode ser legal visto que nas outras escolas tem mais disciplinas voltadas ao debate sobre o mundo (me senti estranhamente alienada no CEFET quando o único espaço pra discutir polêmicas era na aula de História, de vez em quando) e também não terei que fazer o 4º ano *-*

Vai ser uma pena mesmo, mas paciência. Eu sair do CEFET e ir pra uma escola normal e regular, não quer dizer o fim do mundo: o único problema é $$$, essas escolas normais são caras e custam mais do que o que valem. Mas a vida é agora, e não vou ficar estressada porque não consegui passar em Eletricidade - eu não fui feita para números, e sabia disso desde o começo. Mas ao menos eu tirei 7,2 em Matemática e 8,8 em Física *-*

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

vivendo a vida vendo a TV.

Eu disse lá no canto que adoro fazer análises pseudo-literárias a respeito de novelas das oito globais. Então lá vamos nós com a fantástica, divina, maravilhosa, esplêndida... Viver a Vida -nnn.
Vou logo adiantando que acho o nome bizarro: 'Viver a Vida' significa que uma pessoa que 'viva' a vida não vá assistir uma novela com esse título, e sim viver a vida propriamente dita, mas quem sou eu para falar de nomes? O máximo de criatividade para títulos que possuo é simplesmente batizar as histórias com os nomes dos personagens, até que alguém sugere algo melhor.

Não vou dizer que eu assisto a novela frequentemente, porque ela está passando mais cedo aqui na Bahia e fico com preguiça demais de sair do meu adorado computador (onde tem Orkut, MSN, blogs e etc) para ir até o quarto da minha mãe, onde a TV tem legenda closed caption (da qual dependo, porque sou deficiente auditiva e um das minhas - poucas - limitações é o áudio eletrônico, ou seja, TV). Então acabo vendo quando minha mãe está com paciência (de vez em quando), ou quando alguém está usando o computador (poucas vezes), e estou com preguiça demais de ir estudar (sempre). Mas assisto, sim, alguns capítulos e sei dizer a trama de cada um, e os nomes são acessados com uma facilidade tremenda no site oficial da novela da Globo (você sabe, é só colocar www.globo.com.br/NOME-DO-PROGRAMA-AQUI. No caso, 'viveravida').



Aquele núcleo com Lilia Cabral e José Mayer


Adoro Lilia Cabral, ela é uma das minhas atrizes favoritas. E não vou dizer que ela está me decepcionando, porque não está: está indo bem no papel da mãe chatinha, riquinha e etcétera das três filhas que ela tem, a ex-esposa condenada ao ostracismo do mundo da moda. O meu probleminha com ela é justamente a coisa idiota de ela ficar presa no rótulo de 'ex-esposa'. Cara, todos nós temos ex-alguma-coisa: ex-namorados, ex-amigos, ex-inimigos, ex-chefes, enfim, uma série de pessoas que fizeram parte da nossa vida de um determinado jeito e já não é mais assim, passou. O problema é encarar a vida da forma 'ex': e Tereza (o site da novela é tão útil!) insiste, empezinha, parece que adora se intitular "A EX-ESPOSA". Ok, ela era casada com aquele cara lá (preguiça de olhar no site), mas acabou, foi-se o casamento! Porque insistir em falar o quanto era bom, o quanto era maravilhoso, e o quanto é horrível ser divorciada? Tereza é o tipo de pessoa que eu não me aproximaria: rancor demais afasta, e eu não sei dar flores de bondade a alguém.

Outro ser que me irrita é o personagem de José Mayer, o Marcos (é, eu olhei no site. É só clicar em 'personagens', tem a foto dele imensa lá, ao lado de Taís Araújo), um machista e marido irritante. Além de ser um chato, acha que a Helena (Taís Araújo) é a sua propriedade. Ele e Tereza bem que se merecem, os dois que não achaaaam, mas que concordam que Helena foi 50% culpada pelo tetraplegismo de Luciana (odeio rir de tragédia, mas eu posso? AHAHAHAHAH, BEM FEITO, LUCIANA! tá, parei) como se a Helena fosse uma bola de cristal que iria prever que o motorista ia ser um azarado distraído e ferrar com a vida de Luciana. Ok, Helena teve culpa em não se responsabilizar por Luciana na volta por causa da promessa, etc, etc, etc. Mas todo mundo erra, Helena quis dar uma de mãe com "não vai voltar no carro" e o azar sorriu. Não é motivo para fazer de Helena a mártir arrependida que deve se ajoelhar diante da sinhazinha e receber uma bofetada, como aconteceu. Muito menos pra chegar em casa com a notícia da gravidez e receber um "se tirou um, pode tirar outro" como aconteceu. Helena, diante desse cara que está pouco se lixando, eu fazia as malas e ia pra casa da minha mãe ter o bebê. Putz!



A pior é a mãe dos gêmeos


Natália do Vale interpreta a Ingrid, a mãe dos dois irmãos gêmeos que são o oposto: um é sério, conservador e o outro todo descontraído, alegre, pra cima. Ela tem um estúdio onde mulheres já maduras posam de forma mais sensual (essa informação peguei do site, eu nem sabia!), o que pode parecer uma postura muito desinibido e feliz de levar a vida, como se oferecesse a sensualidade a mulheres com mais de cinquenta anos (que por algum motivo bizarro, a sociedade passa a atribuir um rótulo: 'assexuado'). Porém é tão machista quanto o filho conservador, talvez até pior - sempre achei mulheres machistas piores do que os homens. Porque os homens ainda podem ter a desculpa esfarrapada de não sentirem o machismo na pele, e as mulheres não. E a Ingrid é puro machismo.

Para começar, quando o filho-conservador-dela quis fazer alguma coisa em Canadá por causa da profissão dele, ele queria que a namorada dele (a Luciana, a modelo impulsiva que ficou sem se mexer, saca?) largassa a profissão de modelo pra se casar com ele, o que foi um pedido muito fdp, considerando que a Luciana é APAIXONADA pela profissão, e não se cansa de falar isso. E quando a mãe dela (de Luciana), muito gentilmente, pergunta a ele como seria se ela tivesse que ficar em algum lugar, e pedisse a ele pra largar a profissão, ele respondeu que "era diferente, porque ele era homem" e mais um monte de asneiras machistas. E a mãe dele, a chamada Ingrid, concorda com tudo isso. Quando ele (o namorado) decide retroceder na decisão, de não pedir mais pra Luciana pra largar a profissão, porque -poxa- ela a ama e vice-versa, e não é justo, a mãe discorda, diz que ela deveria largar a profissãozinha de modelo pra segui-lo como uma cordeira.

E seu golpe de misericórdia foi ontem, quando ela diz ao filho que deveria largar a namorada, porque ela está tetraplégica, então não serve mais como namorada. Quando seu filho diz algo como: - mas não vou abandonar Luciana!, ela argumenta com um - você não vai abandonar Luciana, porque nem casados são!
Algo realmente ridículo de ser feito. Eu até entendo a postura da mãe: acho que mãe nenhuma quer que seu filho fique com uma pessoa que mal pode se mexer, afinal teme que o filho fique preso a essa pessoa em hospitais e coisas do gênero. Mas como assim, só se dá pra abandonar uma pessoa se é casada com ela? Eles são noivos, quase se casaram! Ela não pensa no impacto sobre a nora que surgiria desse afastamento do namorado? De como ela perderia o chão que mal pode tocar? Abandona-se uma pessoa a partir do momento que não se dá apoio a ela no momento em que precisa, e isso amigos, familiares e namorados fazem.

P.S.: se bem que ouvi falar que não adiantaria nada, porque Luciana largaria do namorado e se envolveria era com o outro gêmeo, que tem namorada e essa bem sabe que perderá o namorado pra Luciana, e já está até conformada com isso. Novela estranha...



urgh


E vou logo deixar meu registro aqui: uma vez minha mãe me contou que viu Manoel Carlos falar na televisão que retrata pessoas do jeito que somos, e que só fala da beleza, porque as pessoas gostam de ver beleza, não de feiúra. Então um adendo:

O que a novela das oito menos mostra é a realidade. Em especial as novelas de Manoel Carlos. Ok, de fato, anorexia a base de álcool existe, assim como aborto, mundo da moda, machismo, amor bandido, tetraplegismo, etc. Porém as novelas dele são cor-de-rosa: não há pessoas pobres, não há tristeza que dure muito, há sempre uma trilha sonora boazinha típica de MPB, e a paisagem é linda e maravilhosa: as praias do Rio de Janeiro, quando não tem sujeira, arrastões e nada do tipo. Como se o Brasil inteiro fosse representado por aquilo. Recentemente fiz um trabalho sobre racismo, e descobri um dado curioso (na verdade foi a minha colega Glaucia, palmas pra ela): os negros representam somente 10% de toda a mídia. E isso se reflete na novela das oito, como se fosse um núcleo negro.

Cansei de ler o quanto Taís Araújo significaria para a luta contra o racismo, porque era a primeira protagonista negra de uma novela das oito, porque seria a mais nova Helena de Manoel Carlos e o escambau. O que eu digo: que está sendo uma palhaçada. Helena está sendo retratada como uma madona arrependida, porque tem que se arrepender da culpa de não ter deixado Luciana ir no carro, do aborto que ela fez há séculos passados, de ter que se submeter a uma ex-esposa chata e um marido insuportável. Ok que a cena dela dentro da casa da antiga esposa se vestindo de noiva foi como uma prepotência, mas ainda assim: Tereza é muito mais arrogante do que Helena, e nada, nada justifica aquela cena ridícula do ajoelhe-pra-apanhar. E discordo da revista Veja quando ela diz que a novela não é racista, porque tem negros no papel de protagonistas: isso me parece aquele sistema ridículo de cotas, como se eles fossem obrigados a fazer isso - a incluir negros.

Espero, sinceramente, que haja uma reviravolta porque Helena está sendo tratada de forma ridícula nessa novela. Veremos se está sendo diferente só com elas, ou então é só aquela trajetória de 'a-mocinha-apanha-chora-apanha-chora-e-é-feliz'. E no mais, alguém mais acha estranho e surreal quando os personagens são tããão cultos, tipo escutam MPB e lêem livros bem intelectuais? Eu me sinto uma inculta, ignorante no meio desse pessoal e olha que o povo tem mania de me achar inteligente só porque escrevo demais.



P.S.: o cabelo de Taís Araújo está lindo. Mas o cabelo da mãe da personagem é mais lindo ainda. Ô inveja!

P.S.: eu não recomendo aquela linha da Colorama, a Única Camada. Minha irmã comprou uma cor, a Penelope, e passei ontem. Uma lindeza, única camada meeesmo e fica bonito. Hoje, de manhã, estava tudo descascando. Ai, ai, é a vida. Tirei e pus Uva, da Risqué. Lindo, lindo e olha que detesto esmaltes muito, muito, muito escuros (odeio extremos).

domingo, 15 de novembro de 2009

Cabelos Enrolados



Muitas mulheres acham que seus cabelos com cachos são um problema. Tem ainda muitas que vivem uma verdadeira paranóia de que só cabelo liso é o bom, aceitável, lindo. Ok, cabelo liso é lindo mesmo, mas não é o único: cachos são lindos e quando bem cuidados, são alvo de admiração e inveja (é, inveja ._.) Enfim, antes de tudo, a menina de cabelos cacheados tem que sacar que cabelos cacheados são aceitáveis em qualquer situação, inclusive festas de formatura, casamento, entrevistas de emprego e todas essas coisas (porque já vi gente falar que cabelo cacheado é muito desarrumado, “não dá” para eventos sérios O_O). Ok. Agora que você já largou de mão dessa alienação louca das revistas que só sabem dizer “COMO ALISAR SEU CABELO COM CHOCOLATE, LEITE, AÇÚCAR, MORANGO, MELANCIA, SAMAMBAIA” em nove de cada dez revistas (em uma de cada dez revistas, fazem uma matéria sobre cachos e colocam fotos de mulheres de cabelo ondulado com baby-liss. Ou de Ana Paulo Arósio), vamos aprender a cuidar dos seus cachos. Que tal?




Quando se lava o cabelo.


Eu sei que muita gente recomenda pentear os fios secos para não quebrarem e tal. Mas há uma falha no plano aí: cabelos cacheados não devem ser penteados secos a menos que você queira ser uma Sibila Trelawney da vida [pra quem não sabe, é uma das professoras que adora falar que Harry Potter vai morrer]




Enfim. Então a dica primordial é: NÃO PENTEIE SEUS CABELOS SECOS. Vai desfazer seus cachos que não merecem tal agressão, e eles não vão voltar. Tem gente que penteia logo após o banho, mas eu não gosto muito do meu cabelo assim – eu prefiro penteá-los com um pente de madeira no tempo que o condicionador age, durante o banho. Porém você tem opções: em vez do pente, pode usar seus dedos que separam os cachos carinhosamente. Também tem a opção de sequer pentear – mas isso eu prefiro deixar com aqueles cabelos que dificilmente embaraçam, o que não é meu caso T_T

Shampoo e condicionador. Normal. Prefiram aqueles adequados ao seu tipo de cabelo, obviamente. Eu – EUZINHA, SÓ EU – indico Pantene e a sua linha para cabelos cacheados. Mas a Amend também é muito elogiada entre as pessoas de cabelo cacheado (pelo que atestei na maior comunidade sobre cabelos cacheados no Orkut). Porém cada marca age de jeito único em cada cabelo. Já vi cabelo lindo de morrer que só viu Seda na vida, tão odiada pelas pessoas. Ainda há uma coisinha: tem muitas mulheres que viram seus cabelos cacheados melhorarem com a abolição de shampoo. Sim, elas aboliram o shampoo. E sim, os cabelos melhoraram. Só que não é pra você ficar toda ‘oba, uma despesa a menos’ e sair fazendo tudo normal, tirando a parte do shampoo. É obvio que o cabelo vai ficar uma coisa estranha se você só fizer isso.

O que essas mulheres fazem é abolir (ou diminuir) o uso de silicones e óleos minerais, porque eles impregnam no cabelo de tal forma que o shampoo normal não consegue tirar – e aí surge a necessidade de um anti-resíduos. E elas fazem isso em tudo: condicionadores, cremes de pentear, qualquer coisa. E usam shampoos que também estão livres dessas coisas que podem fazer mal a alguns tipos de cabelo. Dicas de produtos que servem: Deva Curl, Éh, Surya.




Quando se ajeita o cabelo


Eu entendo perfeitamente a sua insegurança em arrumar os cachos. Afinal todo mundo sabe que secar os cachos ao vento é garantia de volume quadruplicado, e a gente mal sabe como fazer penteados – afinal os penteados exibidos pelas revistas geralmente envolvem um “se você tem cabelos cacheados, faça uma escova antes...” ou qualquer coisa do tipo. Poucas vezes mostram penteados com cabelos cacheados. E também é comum você ir a um salão de beleza fazer um penteado pra uma festa e a primeira coisa que fazem é escovar seu cabelo, mesmo que cacheiem ele com baby-liss depois. Isso é bem frustrante, pois dá a sensação de que cabelo cacheado é impossível de se lidar. Eu mesma vivo com essas dúvidas e acho muito ruim a sensação de que a solução é ir no salão e pagar uma progressiva o mais rápido possível. Sem contar, claro, a paranóia com o volume. Enfim, indo direto ao assunto: use leave-in que também é chamado de creme de pentear. Eles funcionam muito bem. Umidificadores, “géis”, pomadas, ativadores de cachos – você pode experimentar de tudo. Só não vai abusar, senão você vira uma daquelas meninas que tem cachos e passam tanto creme que o cabelo fica todo branco e melequento. AAAH, quase ia me esquecendo: experimenta secar seu cabelo com uma toalha de microfibra ou camisa de algodão mesmo? Muitas vezes a toalha normal não seca direito e ainda por cima aumenta o frizz, e por isso os substitutos são mais aceitáveis. Eu mesma faço com uma camisa de algodão e reparo que meus cachos ficam mais definidos e o frizz diminui. Claro que isso não é uma certeza absoluta, então não posso garantir que vai dar certo em você.

Tem certas coisinhas básicas que podem ajudar: recomendo o gel de linhaça que você pode fazer em casa mesmo seguindo uma receitinha básica: pegue um punhado de sementes de linhaça, coloque numa panela com água (a medida de um ou dois copos cheios deve servir). Aí ferva a mistura durante uns cinco minutos, pelo menos até ficar transparente e lembrando gel. Aí você passa numa peneira. Aplique nos cabelos úmidos e guarde na geladeira. Funciona bem em muitos cabelos, definindo cachos, e ainda por cima é barato *-*

Normalmente um corte que dá certo com cachos é o corte em U ou em V. Caso os seus fios sejam finos, sugiro que as laterais sejam repicadas para evitar aquele desagradável efeito ‘abajur’, sabe? Se os fios forem mais grossos, é uma boa o corte ser repicado. Já cortei em camadas, meio curto. Ficou bem volumoso, mas muito definido e bonito. Além disso, o cabelo cacheado curto é completamente possível: procure um bom profissional e mostre bem o que quer, levando fotos e tudo o mais. Com o corte certo, é muito mais fácil ajeitar seu cabelo.




Como lidar.


O mais importante na hora de lidar com cachos é rever os conceitos. Volume é algo tão ruim assim? Realmente um cabelo liso é tudo para mim? Muitas meninas que querem viver de cachos encontram sutis barreiras – afinal existe uma velha noção de que cabelo arrumado é o cabelo liso, como se a menina cacheada não fosse vaidosa nem nada do tipo. Muitas vezes as pessoas nem se dão conta disso, mas a de cabelos cacheados sentem isso e se sentem fora do padrão. Como se o padrão brasileiro fosse ter cabelos lisos, como se a grande maioria tivesse nascido uma sueca da vida: cabelo liso e loiro. O importante é ter o cabelo com que você se sente bem: se você se acha mais bonita com uma progressiva, faça. Se você se prefere com os cachos, fique com os cachos. Mas o que vale, antes de tudo, é se sentir bem realmente e não só porque as pessoas querem. Pelo que já vi, a maioria que quer cabelos lisos não quer porque se sentem melhores assim. Querem porque se sentem excluídas, desarrumadas, subestimadas até mesmo pelas dicas “Faça o penteado para formatura” e só tem dicas para cabelos lisos, se sentem inconformadas porque quando vão num salão, o cabeleleiro só sabe recomendar uma escova – já vi gente assim T_T Se houvesse MAIS informação sobre todos os tipos de cabelo, inclusive os cacheados/crespos, não haveria uma verdadeira epidemia das escovas. Garota, tenha o cabelo que você ama. VOCÊ tem que amar seu cabelo e não a sociedade.




Links para você se informar & se inspirar.

Deva Brasil
Cortes para Cabelos Cacheados
No-Poo
Album Picasa Cabelos Cacheados (não, não há baby-liss)
Comunidade Cabelos Cacheados

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

4 coisas que você aprende assistindo Dexter



1. Não tenha uma secretária eletrônica. Ou somente a ouça quando estiver sozinho.

As pessoas podem dizer coisas muito, muito erradas. Enganosas. Ou simplesmente maliciosas que outras pessoas não entendem. Por via das dúvidas, para não ter o seu amigo te olhando feio, sua mãe te achando gay ou sua namorada acabar com você, nunca deixe que outras pessoas ouçam recados na secretária eletrônica.

2. Sempre investigue a área onde você joga seus cadáveres.

Não ponha pedras nos sacos para que eles afundem, corre o risco de ter algas nas pedras que denunciarão de onde os sacos foram atirados. Não jogue muitos sacos de uma vez, não tenha um horário regular e sempre faça em um local escuro, deserto e exposto a possíveis crimes. Experimente outras maneiras, como fazer tortas com os corpos, como Srta Lovett fazia em Sweeney Todd - O Barbeiro Maníaco da Rua Fleet, ou comprar uma incineradora e jogar as cinzas sobre o jardim da sua vizinha, ou picotar o corpo em pedaços tão minúsculos que as pessoas pensariam que todo aquele sangue e carne vem de um boi. Ou dar tudo prum canibal. Mas, nunca, nunca deixe um corpo inteiro, muito menos com um rosto.

3. Vasculhe todas as fichas - policiais, médicas e escolares - do seu futuro namorado.

Além de iniciar uma profunda investigação sobre a família, o passado, os amigos, o habitar, os hábitos e ideologias. Um erro, e você pode descobrir que seu namorado, na verdade, é um serial killer psicopata que pretende prender você com filme plástico, passar uma fita na sua boca e tentar te matar com uma faca como fez com as outras.

4. Desconfie de gente normal.

Gente normal pode ser psicopata, serial killer, usuário de drogas, traficante de maconha, ex-esposa de um estuprador, e portanto traumatizada com sexo, agente de um exército que mandava matava e perguntava depois, adúltero. Se quiser se relacionar com algum ser social, seja para fins amigos, profissionais, sexuais ou amorosos, apostem nos mendigos, idosos senis, crianças mentirosas, mulheres que podem voltar a se drogar a qualquer momento. Pelo menos você sabe onde está a loucura delas.






14 meses, cara.
De risos, beijos, abraços, amores, confidências;
De sussurros, brigas, reconciliações e desculpas;
De diversões, conversas, afagos e animes;
De conforto, carinho, confiança e verdade;

Diziam pra mim que não havia princípe encantado, que não havia amor perfeito, que homens eram todos canalhas, cafajestes e só pensam em levar a mulher pra cama. Pois bem todas essas pessoas estão erradas, pois existe pessoas que não são assim. Eu convivo há 14 meses com uma delas. Essa pessoa leva balas pra mim, sabe um pouco de alemão, adora matemática, escreve poemas longos e sem rima, odeia calças jeans, idolatra os livros de Julio Verne e Agatha Christie e tem idéias altamente delirantes sobre dominar o mundo. É.

14 meses ainda é pouco pra conhecer alguém assim.