Consumismo. Sabe, aquela coisa de querer, desejar e, principalmente, precisar de tudo. Uma patricinha precisa de roupas, uma nerd precisa do mais novo jogo Empire of Age, porque - ora, você é o que você compra. Se você compra muitos cosméticos e roupas, você é vaidosa. Se você compra muitos livros, você aprecia literatura. Se você compra sempre o mais recente lançamento da Apple, Sony ou Motorola, você é aficcionado por tecnologia. Se você não compra nada, você é pobre. E muita pouca gente nessa sociedade dá atenção aos pobres, lamento dizer.
Uma roupa, um celular, um videogame, um livro, vale gastar tudo se isso significa ter mais prazer, ser incluído entre seus amigos, e se sentir com aquela sensação de "eu tenho". Porque o sentimento é bom, enche a alma de felicidade... até você pensar na próxima aquisição. Até você querer mais um. Até você passar pelo shopping, e ver a nova moda. O novo lançamento. O novo "melhor-livro-da-década". Afinal, como dizem, você é o que você compra. Você pode ser de qualquer tribo, não adianta: você tem que consumir pra pertencer a algo. McDonald's? Capitalista. Botas Prada? Patricinha. E rica. Óculos wayfarer? No estilo. Camiseta de Led Zeppelin? Rock. E assim, por itens variados, identificados todos os estilos, todos os rótulos e colocamos todas as pessoas na prateleira, como bonequinhos que compramos para a priminha.
Essa mania de querer consumir e passar a ver nas pessoas como reproduções fiéis do que elas compram pode trazer inconvenientes, problemas e coisas do gênero. Alguém pode começar a se viciar na sensação vitoriosa de "eu tenho", tendo problemas como cheques sem fundo, cartões de crédito bloqueados e amizades vazias. Afinal de que vale se alguém só consegue enxergar em ti o que você tem, e não o que você é? De que vale ter tudo o que você deseja se não vai ouvir um "eu te amo" sincero? O seu computador pode ser do ano passado. O seu celular pode ser de seis meses atrás. Suas roupas podem ter saído de moda. Mas o computador ainda funciona, o seu celular ainda liga e recebe, suas roupas ainda te vestem tão bela como vestiam. Para quê mais? Pretende fugir de que problemas comprando tanto? Se travestindo de algum personagem que pode ter tudo o que quiser, quando na verdade é somente alguém que não consegue encarar a vida real? Que aceita ser rotulada, que permite que sua alma se torne rasa, que sua personalidade fique enfadonha e cansativa?
Não há realmente uma única pessoa culpada. Porque crianças berram e aprendem que conseguem o que querem berrando, e não podemos culpá-las porque são crianças, e elas reproduzem o que elas vêem em casa, rua, escola. Porque pais dão aos seus filhos tudo o que eles querem, e não conseguimos culpá-los porque eles vivem cansados, estressados e só querem sossego, não entendendo a importância de cada "sim" e "não. Porque propagandas incentivam as compras, e não pensamos em culpá-las porque essa é a função da propaganda: convencer você a comprar. E crianças cedem, pais cedem, e crianças crescem, tornam-se adolescentes, pais continuam cedendo... e já é tarde demais. É um jogo triste e estranho, que confere vazio à vida de todos, à vida dos pais que só trabalham para satisfazer todos os desejos, e à vida dos filhos que se vêem precisando de tudo para alimentar seus egos, suas vidas, suas almas.
Mas há uma coisa que essas pessoas tão vazias, compulsivas e rotuladas, não sabem. É simples: a alma não pode ser alimentada com roupas, videogames, celulares, sapatos, livros. Você não pode comprar a paz, porque ela não está à venda.
Ela se conquista, a cada dia que você experimenta olhar para si mesma e gostar do que viu.
Ela se molda dentro de você, em sua consciência.
Paz é dormir com a consciência tranquila. Pode até dormir usando o pijama mais caro, mas isso deve ser algo absolutamente irrelevante para você. Afinal só se consegue livrar dos fantasmas do consumismo, desejo desenfreado e excessos da sociedade, quando você sabe que você não precisa de nada dessas coisas para continuar sendo a pessoa inteira que é.
Uma roupa, um celular, um videogame, um livro, vale gastar tudo se isso significa ter mais prazer, ser incluído entre seus amigos, e se sentir com aquela sensação de "eu tenho". Porque o sentimento é bom, enche a alma de felicidade... até você pensar na próxima aquisição. Até você querer mais um. Até você passar pelo shopping, e ver a nova moda. O novo lançamento. O novo "melhor-livro-da-década". Afinal, como dizem, você é o que você compra. Você pode ser de qualquer tribo, não adianta: você tem que consumir pra pertencer a algo. McDonald's? Capitalista. Botas Prada? Patricinha. E rica. Óculos wayfarer? No estilo. Camiseta de Led Zeppelin? Rock. E assim, por itens variados, identificados todos os estilos, todos os rótulos e colocamos todas as pessoas na prateleira, como bonequinhos que compramos para a priminha.
Essa mania de querer consumir e passar a ver nas pessoas como reproduções fiéis do que elas compram pode trazer inconvenientes, problemas e coisas do gênero. Alguém pode começar a se viciar na sensação vitoriosa de "eu tenho", tendo problemas como cheques sem fundo, cartões de crédito bloqueados e amizades vazias. Afinal de que vale se alguém só consegue enxergar em ti o que você tem, e não o que você é? De que vale ter tudo o que você deseja se não vai ouvir um "eu te amo" sincero? O seu computador pode ser do ano passado. O seu celular pode ser de seis meses atrás. Suas roupas podem ter saído de moda. Mas o computador ainda funciona, o seu celular ainda liga e recebe, suas roupas ainda te vestem tão bela como vestiam. Para quê mais? Pretende fugir de que problemas comprando tanto? Se travestindo de algum personagem que pode ter tudo o que quiser, quando na verdade é somente alguém que não consegue encarar a vida real? Que aceita ser rotulada, que permite que sua alma se torne rasa, que sua personalidade fique enfadonha e cansativa?
Não há realmente uma única pessoa culpada. Porque crianças berram e aprendem que conseguem o que querem berrando, e não podemos culpá-las porque são crianças, e elas reproduzem o que elas vêem em casa, rua, escola. Porque pais dão aos seus filhos tudo o que eles querem, e não conseguimos culpá-los porque eles vivem cansados, estressados e só querem sossego, não entendendo a importância de cada "sim" e "não. Porque propagandas incentivam as compras, e não pensamos em culpá-las porque essa é a função da propaganda: convencer você a comprar. E crianças cedem, pais cedem, e crianças crescem, tornam-se adolescentes, pais continuam cedendo... e já é tarde demais. É um jogo triste e estranho, que confere vazio à vida de todos, à vida dos pais que só trabalham para satisfazer todos os desejos, e à vida dos filhos que se vêem precisando de tudo para alimentar seus egos, suas vidas, suas almas.
Mas há uma coisa que essas pessoas tão vazias, compulsivas e rotuladas, não sabem. É simples: a alma não pode ser alimentada com roupas, videogames, celulares, sapatos, livros. Você não pode comprar a paz, porque ela não está à venda.
Ela se conquista, a cada dia que você experimenta olhar para si mesma e gostar do que viu.
Ela se molda dentro de você, em sua consciência.
Paz é dormir com a consciência tranquila. Pode até dormir usando o pijama mais caro, mas isso deve ser algo absolutamente irrelevante para você. Afinal só se consegue livrar dos fantasmas do consumismo, desejo desenfreado e excessos da sociedade, quando você sabe que você não precisa de nada dessas coisas para continuar sendo a pessoa inteira que é.
Quem fazia isso era minha irmã quando pequena. Pedia o McLanche Feliz só pelo brinde, e minha mãe que tinha que engolir tudo...
Imagens: Google.
Pauta pro Blorkutando, primeira vez que participo.
P.S.: meninas, que bom que concordam comigo no post anterior. Imagino se poderei fazer propaganda na comunidade da CH usando aquele post... quantos comentários revoltosos eu aguentaria?
6 comentários:
Gostei do post. Acho que tu tratastes do assunto de uma forma bastante sensível.
Sabe, os dias que se seguiram ao natal eu estava cheia da grana, por que as pessoas têm o costume de me dar presentes em dinheiro (dizem que é difícil me agradar). E eu me vi ali, com aqueles 400 reais e sem saber o que fazer com eles. Fiquei feliz comigo mesma por estar tão satisfeita com as coisas que eu tenho, que são poucas, e por não necessitar de gastos desenfreados para ter, como tu colocastes no post, paz.
Acabei depositanto o dinheiro no banco. :P
Luuuuuuuuuuuuna, to torcendo por você! Muito muito muito! O texto ficou ótimo, você pegou desde o tópico do consumismo em "si", até o porque de isso acontecer. Parabéns!
Ah, eu tenho que admitir que vou ser a mãe bobona, ainda caidinha pela Sakura 9e outros mangás, é) e louca e completamente abcecada pelo Harry Potter. Mas, enfim, aquela dos Digimons foi mesmo estranha, pra mim. ç_ç
Beijos e boa sorte!
harbaud, obrigada pelos elogios! *-*
Eu nunca tive muita grana. Mas eu já experimentei a sensação de ter dinheiro e não saber o que fazer com eles. Eu simplesmente não sabia o que comprar, porque tinha a sensação que agora que tinha dinheiro, eu não precisava dessas coisas.
Mas agora já tenho uma meta pra cada dinheiro que entrar: juntar para o meu futuro! *-*
Nossa, está ótimo o seu texto, melhor do que ótimo, espetacular. Você merece ganhar o primeiro lugar no BK, boa sorte!
Eu queria te seguir, mas não achei o gadget dos seguidores, adiciona ele.
:)
Luna, amei,amei! Isso me lembrou que minha prima estuda num colégio onde só tem rico. Rico mesmo. Só que ela não é, quem é é o pai dela, qe é divorciado da mãe dela. Aí ela foi criada pela mãe com os pés no chão e tals. Só que nesse colégio as meninas são o CÃO e já humilharam ela pra caramba! Ela me disse que nunca contou pra mãe porque ela é barraqueira e só iria piorar a situação dela. Encurtando a história, ela pediu pro pai comprar pra ela uma bolsa,roupas,óculos,sapatos, tudo do bom e do melhor. E tudo da moda. Quando perguntei por quê, ela me disse que era pra's meninas pararem de implicar com ela, e pra ela se enturmar.
cara, ela teve que comprar coisas da moda, pra se dar bem com as riquinhas consumistas,é.
bjs;*
- Thaís
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