Eu sei que as postagens vem escasseando. Mas eu tenho que praticamente escolher entre fazer sempre posts longos e descritivos e posts curtos e sem graça. E nem sempre tenho assunto pra falar. Além de que eu preciso me envolver mais com a escola e com projetos que foram praticamente abandonados. Em relação à escola, tenho três trabalhos para fazer: um de biologia sobre genética (que vamos ter que ir numa escola e catalogar os alunos em quesitos 'AA' e 'aa'. Meu grupo ficou com 'nariz'. Nunca fiquei com tanta inveja do grupo que ficou com cabelos, cor dos olhos ou, o mais legal, tipo sanguíneo). Meu trabalho de português é fazer uma dramatização envolvendo o Romantismo. Estamos discutindo, por enquanto, a idéia de colocarmos mocinhas (já que temos umas seis garotas no grupo) do Romantismo no Inferno. Não me perguntem o motivo, só imaginamos que seria legal. E o trabalho de inglês é pra comparar Brasil com um país cuja língua oficial seja inglês em uma questão e a nossa é 'homofobia'. Único grupo que pegou esse tema. Eu queria ficar com "intolerância religiosa", mas minha colega insistiu tanto em "homofobia" e eu fui tão zen, que ficamos com homofobia mesmo. Foi bom, já tem dois grupos que vão tratar de intolerância religiosa.
Mas vamos parar de tratar dos assuntos de escola. Isso é uó, não é? Chego em casa depois de aula de matemática e ainda fico pensando na escola. Já me bastam os deveres de casa!
Sabe, vocês sabem que tenho uma mania incrível de jogar tempo fora em discussões inúteis, especialmente quando elas envolve religião. É como um imã: eu e religiosos que não suportam o ateísmo. Mas não é esse o ponto. O ponto é um vídeo que vi ontem com três caras falando um texto copiado item por item de um fórum religioso. Falava dos ateus. E eu me perguntei, durante o vídeo: eu deveria estar com medo por ser atéia?

Eu nunca fui realmente discriminada. Nunca sofri com uma professora estupidamente cristã que tinha especial atenção em mim como minha irmã. Nunca tive parentes amados que se achassem melhor do que eu porque acreditavam em algo como minha mãe. Eu nunca fui rejeitada em escolas, nunca apanhei de colegas, nenhuma mãe de alguma coleguinha achou melhor afastar seus filhos de mim. Eu sempre soube que ateísmo era uma posição esquisita na nossa sociedade, mas eu nunca conheci as suas consequências. Até entrar na internet.
Parece que as pessoas se soltam diante de um computador, não é? O que elas nunca diriam, elas dizem e em tom dez vezes mais cruel. Tudo o que elas pensam é exarcebado com frieza e maldade. Não há o tom das ironias, mas as palavras são como chicotes. E tudo o que eu faço, como atéia, é defender. Em todas as discussões religiosas que eu já tive (felizmente, pra mim, estou me mantendo mais ou menos afastada), não lembro de uma vez que eu ataquei ou tomei a iniciativa. Foram simplesmente defesas. A cada questionamento, eu rebatia. E eu percebia o real medo que muitas pessoas tem de nós, ateus.
Numa pesquisa feita pela Veja junto com outra organização, lembro-me, que somente 13% dos brasileiros votariam em um ateu pra presidente. Eu sempre duvido dessas pesquisas, porque penso que amostras são amostras, é diferente de 190 milhões. Mas mesmo assim. Só 13% em uma amostra? Realmente 87% não gostaria, de jeito nenhum, que um ateu fosse presidente, por mais honesto e bom que fosse? Eu jurava que FHC era ateu - se ele é, quer dizer que ele se fez de cristão? O que há de tão errado em não acreditarmos em alguma divindade? Não é que neguemos, não é que odiemos. Simplesmente não acreditamos.
Está tudo confuso.
Ateus não são satanistas. Não cremos em deuses, e nem nos diabos. Não louvamos nenhuma divindade. A Bíblia pode dizer que somos tolos e não fazemos nada de bom, mas certamente essas mesmas pessoas que pregam tais mentiras não recusariam ajuda de Bill Gates ou Brad Pitt. E esses mesmos adoram gritar que nós somos chatos, que questionamos as divinas regras religiosas, que blasfemamos e que é impossível termos algum respeito se não respeitamos igualmente. Que agora cristãos se sentem perseguidos. E eu digo:
Oi?
Oi que Bush declarou que EUA é uma nação sob Deus e que ateus não são cidadãos, mas mesmo assim somos nós os perseguidores? Oi que somos olhados com cara feia quando preferimos não rezar, mas somos as criaturas cruéis que perseguem os religiosos? Não somos todos bons, mas é tão estúpido pegar uma massa de gente que tem como única semelhança a descrença em qualquer divindade e generalizar como 'todos inteligentes' ou qualquer coisa do tipo. Grande parte dos ateus se acham, sim, mais sensatos do que os crentes por serem ateus. E os crentes se sentem ofendidos por isso. Mas eles também dizem que são mais felizes e completos porque tem o Nosso Senhor ao lado deles - não é a mesma coisa? Qual é a diferença?
Já vi muitas coisas. Já fui chamada, diretamente, de vários itens como:
• estúpida, tola, perdida, escrava do pecado (eu realmente adoro essa), orgulhosa, soberba, arrogante, satanista, vazia, oca, infeliz e tantos outros itens que nem lembro mais.
Sim, eu realmente fui chamada de "escrava do pecado". Muito interessante ler isso de uma criatura que não me conhece. Só me viu, pela primeira vez, no Orkut. Naquele específico tópico. E ela se achou com autoridade suficiente pra me intitular "escrava do pecado", além de "orgulhosa" e "soberba" simplesmente porque eu me declarei atéia. Mas é o clichê. Pessoas que não te conhecem, nunca te viram, nem sabem quem você é - e te classificam segundo os rótulos e considerações pessoais. É como alguém chegar pra mim e falar que, por eu gostar de mangá e anime, eu sou uma 'viciada em Japão' e automaticamente falo mais japonês que português, faço cosplay todo dia e não sei falar mais nada que não seja anime e mangá. Uma generalização estúpida baseada em uma parte tão pequenininha da sua vida!
As diferenças existem. Eu fui obrigada a conviver com crenças diferentes desde cedo. Fui católica, depois espírita, e depois wicca. Aliás, sofri mais preconceito quando fui wicca do que quando fui atéia (as pessoas insistiam em dizer que Wicca era uma congregação de servos do Satã, impressionante. E isso vindo de colegas, entre elas, uma garota que convivera comigo desde minha 2ª série e conhecia minha família. Como ela teve coragem de afirmar uma tolice dessas?). Minha família quase toda é católica, tem uns elementos espíritas e o meu trio (eu, mamma, irmã) é ateu. As únicas três atéias da família. Das três, eu fui a única que nunca teve problemas - na vida ao vivo - com isso.
Mas na web... pessoinhas que tem medo de ateus, não sintam medo da gente. A falta de uma divindade não faz com que a gente perca os princípios morais. Aliás, você tem princípios morais porque tem medo da punição eterna ou porque deseja a recompensa? Se for, eu que tenho que ter medo de você.

Mas vamos parar de tratar dos assuntos de escola. Isso é uó, não é? Chego em casa depois de aula de matemática e ainda fico pensando na escola. Já me bastam os deveres de casa!
Sabe, vocês sabem que tenho uma mania incrível de jogar tempo fora em discussões inúteis, especialmente quando elas envolve religião. É como um imã: eu e religiosos que não suportam o ateísmo. Mas não é esse o ponto. O ponto é um vídeo que vi ontem com três caras falando um texto copiado item por item de um fórum religioso. Falava dos ateus. E eu me perguntei, durante o vídeo: eu deveria estar com medo por ser atéia?

Eu nunca fui realmente discriminada. Nunca sofri com uma professora estupidamente cristã que tinha especial atenção em mim como minha irmã. Nunca tive parentes amados que se achassem melhor do que eu porque acreditavam em algo como minha mãe. Eu nunca fui rejeitada em escolas, nunca apanhei de colegas, nenhuma mãe de alguma coleguinha achou melhor afastar seus filhos de mim. Eu sempre soube que ateísmo era uma posição esquisita na nossa sociedade, mas eu nunca conheci as suas consequências. Até entrar na internet.
Parece que as pessoas se soltam diante de um computador, não é? O que elas nunca diriam, elas dizem e em tom dez vezes mais cruel. Tudo o que elas pensam é exarcebado com frieza e maldade. Não há o tom das ironias, mas as palavras são como chicotes. E tudo o que eu faço, como atéia, é defender. Em todas as discussões religiosas que eu já tive (felizmente, pra mim, estou me mantendo mais ou menos afastada), não lembro de uma vez que eu ataquei ou tomei a iniciativa. Foram simplesmente defesas. A cada questionamento, eu rebatia. E eu percebia o real medo que muitas pessoas tem de nós, ateus.
Numa pesquisa feita pela Veja junto com outra organização, lembro-me, que somente 13% dos brasileiros votariam em um ateu pra presidente. Eu sempre duvido dessas pesquisas, porque penso que amostras são amostras, é diferente de 190 milhões. Mas mesmo assim. Só 13% em uma amostra? Realmente 87% não gostaria, de jeito nenhum, que um ateu fosse presidente, por mais honesto e bom que fosse? Eu jurava que FHC era ateu - se ele é, quer dizer que ele se fez de cristão? O que há de tão errado em não acreditarmos em alguma divindade? Não é que neguemos, não é que odiemos. Simplesmente não acreditamos.
Está tudo confuso.
Ateus não são satanistas. Não cremos em deuses, e nem nos diabos. Não louvamos nenhuma divindade. A Bíblia pode dizer que somos tolos e não fazemos nada de bom, mas certamente essas mesmas pessoas que pregam tais mentiras não recusariam ajuda de Bill Gates ou Brad Pitt. E esses mesmos adoram gritar que nós somos chatos, que questionamos as divinas regras religiosas, que blasfemamos e que é impossível termos algum respeito se não respeitamos igualmente. Que agora cristãos se sentem perseguidos. E eu digo:
Oi?
Oi que Bush declarou que EUA é uma nação sob Deus e que ateus não são cidadãos, mas mesmo assim somos nós os perseguidores? Oi que somos olhados com cara feia quando preferimos não rezar, mas somos as criaturas cruéis que perseguem os religiosos? Não somos todos bons, mas é tão estúpido pegar uma massa de gente que tem como única semelhança a descrença em qualquer divindade e generalizar como 'todos inteligentes' ou qualquer coisa do tipo. Grande parte dos ateus se acham, sim, mais sensatos do que os crentes por serem ateus. E os crentes se sentem ofendidos por isso. Mas eles também dizem que são mais felizes e completos porque tem o Nosso Senhor ao lado deles - não é a mesma coisa? Qual é a diferença?
Já vi muitas coisas. Já fui chamada, diretamente, de vários itens como:
• estúpida, tola, perdida, escrava do pecado (eu realmente adoro essa), orgulhosa, soberba, arrogante, satanista, vazia, oca, infeliz e tantos outros itens que nem lembro mais.
Sim, eu realmente fui chamada de "escrava do pecado". Muito interessante ler isso de uma criatura que não me conhece. Só me viu, pela primeira vez, no Orkut. Naquele específico tópico. E ela se achou com autoridade suficiente pra me intitular "escrava do pecado", além de "orgulhosa" e "soberba" simplesmente porque eu me declarei atéia. Mas é o clichê. Pessoas que não te conhecem, nunca te viram, nem sabem quem você é - e te classificam segundo os rótulos e considerações pessoais. É como alguém chegar pra mim e falar que, por eu gostar de mangá e anime, eu sou uma 'viciada em Japão' e automaticamente falo mais japonês que português, faço cosplay todo dia e não sei falar mais nada que não seja anime e mangá. Uma generalização estúpida baseada em uma parte tão pequenininha da sua vida!
As diferenças existem. Eu fui obrigada a conviver com crenças diferentes desde cedo. Fui católica, depois espírita, e depois wicca. Aliás, sofri mais preconceito quando fui wicca do que quando fui atéia (as pessoas insistiam em dizer que Wicca era uma congregação de servos do Satã, impressionante. E isso vindo de colegas, entre elas, uma garota que convivera comigo desde minha 2ª série e conhecia minha família. Como ela teve coragem de afirmar uma tolice dessas?). Minha família quase toda é católica, tem uns elementos espíritas e o meu trio (eu, mamma, irmã) é ateu. As únicas três atéias da família. Das três, eu fui a única que nunca teve problemas - na vida ao vivo - com isso.
Mas na web... pessoinhas que tem medo de ateus, não sintam medo da gente. A falta de uma divindade não faz com que a gente perca os princípios morais. Aliás, você tem princípios morais porque tem medo da punição eterna ou porque deseja a recompensa? Se for, eu que tenho que ter medo de você.

isso foi uma propaganda ateísta em Londres. Liderada por quem? Claro que foi pelo Richard Dawkins. Não, ele não é nosso pastor. Não, não damos dízimo pra ele. Ele é só um cara que resolveu criticar a religião, principalmente, o cristianismo. E não, nem todos os ateus vão com a cara dele.
P.S.: agradeço aos últimos comentários referentes à mudança. Deu pra perceber como cada pessoa encara isso. Achei bem construtivo ver quatro opiniões diversas em relação a isso (adoro quando os comentários são grandes, dá gosto de ler). E obrigada pela força, vamos ver como nossa vida muda. E espero, sinceramente, que mude - dessa vez de verdade. E aproveitando essa energia positiva, torçam pra eu ganhar um notebook até o fim do ano. Se a gente mudar de casa e qualquer coisa acontecer, quem vai ficar se computador sou eu #fail.
(considerando que não cai notebook do céu, mas fácil pra vocês torcerem pra eu passar a trabalhar. Sei que vai ser foda, mas trabalhar é a única maneira de eu ter itens como notebook e completar meu desejo de cursar na Unicamp, porque é impossível ser bancada em relação a isso).