Minha família fala em se mudar.
E ao contrário das últimas cinco vezes que foi dito isso, parece que dessa vez é pra valer.
Acho que muitas pessoas entendem o que eu passo. Entendem que eu nunca tive uma casa que eu posso chamar de minha. Eu nunca tive o "meu" quarto - sempre dividi o quarto com minha mãe (por algum motivo desconhecido, eu divido com minha mãe e não com minha irmã como é o tradicional entre famílias.). Teve um certo período áureo que tive o meu quarto e durou, acho, uns cinco meses. Muitas pessoas que tem seu próprio quarto desde que nasceu nunca pararam para pensar no valor dele: é o lugar onde você tem a sua privacidade. Se você se sentir mal, você se tranca e pronto. Você estuda lá, você trabalha, desenha, escreve, pensa, chora e conversa com quem quiser. Um quarto é onde você é o líder, que comanda. Você pode trancar a porta e não permitir que ninguém entre. Você não precisa da permissão de ninguém pra estar ali. E você pode expulsar os intrusos. E pode organizar suas coisas como bem entender.
Talvez por isso que eu deseje tanto viver sozinha. Mesmo sabendo que sou do tipo preguiçosa que não levanta pra lavar a louça, eu sempre imagino como seria ter uma casa inteira minha. Eu encheria a parede de papéis com desenhos meus, músicas que eu gosto, matérias que gosto de reler, fotografias bonitas. Teria estantes de livros em todos os cômodos. Tocaria música pela casa inteira e ela seria desde rock dos anos 60 até o pop tipicamente Madonna - e MPB pra lembrar da minha mãe. Eu colocaria as fotografias que quisesse e só ligaria a TV quando eu quisesse. Eu teria que cuidar da minha comida e aprenderia a fazer arroz, feijão e tudo o que eu quisesse. Eu plantaria quantas flores quisesse. Eu faria de tudo. E mesmo que eu não pudesse fazer de tudo, eu ainda poderia me trancar dentro dele sem precisar dividir espaço.
Pessoas são necessárias em nossa vida, eu sei.
E viver com outras pessoas é importante em alguma parte, também sei disso.
Mas quando você vive 16 anos vivendo com muita gente e sem ter um espaço seu, meio que se enche disso. Eu me mudarei outra vez (moramos de aluguel por motivos difíceis de se explicar), não sei quando, nem pra onde. Se tivermos sorte, a gente se muda pra uma casa melhor (os aluguéis ficam mais caros a cada vez que mudamos) que vimos que fica do outro lado da cidade. E a cada mudança, eu aprendo que casas são apenas tijolos, ruas são apenas ruas e que o mercado imobiliário é indecente e louco. Como assim uma casa em plena reforma caindo aos pedaços custa a mesma coisa que uma casa toda bonitinha, com seis quartos? O aluguel só aumenta a cada ano, e essa casa que vivo não merece metade do preço que vale, ou seja, baita injustiça.
Além disso aprendi com a experiência de que você NUNCA deve se deixar levar por fotos. Você deve visitar a casa com o pior dos ânimos possíveis. Nada de alegria, esperança, animação - a chance de quebrar a cara direitinho é quase 100%. Casas perfeitas ou são impossíveis ou são caras demais, prepare-se para ter que consertar o chuveiro, a privada, dar um jeito nas baratas, ter vizinhos loucos, perceber que a maior janela é justo a que está emperrada e que o jardim está um lixo. Eu lembro de quatro mudanças que eu fiz e fiz, seguramente, outras três mudanças (porém vagas demais, porque eu era muito pequena).
Por ordem, as que lembro:
A primeira casa era legal. Era bem grande, mas eu era pequena demais, talvez ela fosse menor do que eu imaginava. Ela tinha um canteiro enorme nos fundos. Não era um jardim, e sim vários jardins. Eu adorava plantar flores, ficava comprando bulbos e sementes que vem em saquinhos de papel pra ver se vingava. Tinha muitas rosas e minha irmã odiava porque a nossa cachorra se arranhava passando pelos espinhos. Foi nessa casa que eu aprendi a escrever, vivia vendo Bananas com Pijama, li O Mágico de Oz e fiz o meu primeiro ovo (para desespero de meus avós, porque eu tinha cinco anos, não quis esperar pelo almoço, subi na cadeirinha, joguei o ovo na panela e coloquei ela no fogo e fritei. Eu achei delicioso, mas minha irmã diz que eu queimei).
A segunda casa era a que eu chamava de "casa azul" ou "casa das muriçocas" (será que escreve assim?). Tinha o 'comigo-ninguém-pode' no jardim, eu tive a minha primeira e única amiga vizinha com quem brincava, eu conheci as desigualdades sociais e tinha uma área enorme no fundo onde eu dormia, coberta com lona. Foi a casa onde tivemos um gato (que me odiava, por sinal, mas eu o amava), onde racionamos a energia na época de FHC e ficavámos direto no escuro, onde minha avó morreu e eu entendi que quando alguém 'morria', significava 'partir para sempre'. Não fiquei triste, eu era criança demais. As pessoas me disseram que 'vovó tinha ido pro céu' e eu achava que aquilo era algo feliz. Tipo, não estava com a gente, mas estava em um lugar bom - e eu fazia questão de espalhar a notícia entre meus colegas como fosse uma privilegiada. Não preciso falar que minha professora se sentiu compadecida comigo e me deu os pêsames.
A terceira casa foi meio, hã, terrível. Eu gostei de ter me mudado pra ela (eu sempre gosto do dia da mudança, rs). Mas ao decorrer dos meses, essa casa se mostrou algo bizarro. Para começar eu lembro de ter mais medo de filmes de terror nessa casa do que qualquer outra. Ela era como um caixote: se você fechasse todas as janelas, ela estaria numa escuridão como em uma caverna. Foi a casa onde eu comecei a cuidar dos meus primos menores e onde eu comecei a ser capitalista, vendendo meus desenhos por um real. Era a casa onde eu lia Capricho. Onde comecei a assinar Witch, porque precisava de uma revista para mim - minha irmã tinha Capricho, minha tia tinha Manequim, meu avô tinha Veja, minha mãe gostava de ler Cláudia, e eu? Witch! Acho que fui a primeira assinante da revista da cidade. Mas a casa não era terrível por ser escura. Era terrível porque ela era fria. Ficava quase na esquina da rua que virava um tumulto na Micareta. Trios elétricos passavam e eu os escutava como estivessem ao meu lado. Escutava os tumultos. Tinha gente vomitando na minha calçada! E o outro motivo foi 'ratos'.
Sabe a cena do filme Ratatouille quando ratos dominam a cozinha? Não foi algo daquela escala. Mas por algum motivo tinha ratos naquela casa. Ratos grandes, gordos e que queriam dominar. Começou no quintal. Meu avô matou um queimado! Tacou álcool e fósforo aceso e o bichinho morreu queimado. Eu odiava ratos, mas eu chorei de pena. Até quando eles invadiram a cozinha. Aí ficamos em polvorosa, desconfiando de cada mínimo movimento e tacando veneno em todas as portas. Dias de inferno. Conseguimos nos livrar dele sem ficar com nenhuma doença, aleluia. Mas aí já era hora de mudar a casa,
A quarta casa. A maior, a melhor, a mais bonita. Eu tive um quarto nele durante alguns meses. Foi a casa em que fiquei mais tempo também. Eu tive internet nela. Eu comecei a jogar Neopets, comecei a fotografar, comecei a me viciar em miojo, a adorar ficar em redes, a criar a maior parte das minhas histórias, a moldar minha identidade 'Luna Fortunato', a gostar de animes. Foi onde eu enterrei meu peixe suicida e o hamster hiperativo de minha irmã. E onde eu acabei matando o ratinho da minha colega e minha mãe teve que dar 5 reais pra ela comprar outro. E tinha uma casa do lado que a neta brigava horrores com a mãe e a avó, e era tão briguenta que quando fomos conectar a internet (aquela coisa de casas dividirem a mesma rede), embora a mãe dela tivesse liberado, a filha simplesmente disse não, bateu o pé e não deixou ninguém entrar no quarto dela. E tivemos que conectar com outra casa.
E agora, essa em que vivo, é a quinta que me lembro dos detalhes.
E agora iremos para uma sexta algum dia.
Me desejem boa sorte? Casas são apenas tijolos, mas tijolos são essenciais pra você conseguir se sentir bem.
E hoje é aniversário de minha mãe!
Se um dia você ler isso aqui, mamma, parabéns pelos 50 anos! :)
E ao contrário das últimas cinco vezes que foi dito isso, parece que dessa vez é pra valer.
Acho que muitas pessoas entendem o que eu passo. Entendem que eu nunca tive uma casa que eu posso chamar de minha. Eu nunca tive o "meu" quarto - sempre dividi o quarto com minha mãe (por algum motivo desconhecido, eu divido com minha mãe e não com minha irmã como é o tradicional entre famílias.). Teve um certo período áureo que tive o meu quarto e durou, acho, uns cinco meses. Muitas pessoas que tem seu próprio quarto desde que nasceu nunca pararam para pensar no valor dele: é o lugar onde você tem a sua privacidade. Se você se sentir mal, você se tranca e pronto. Você estuda lá, você trabalha, desenha, escreve, pensa, chora e conversa com quem quiser. Um quarto é onde você é o líder, que comanda. Você pode trancar a porta e não permitir que ninguém entre. Você não precisa da permissão de ninguém pra estar ali. E você pode expulsar os intrusos. E pode organizar suas coisas como bem entender.
Talvez por isso que eu deseje tanto viver sozinha. Mesmo sabendo que sou do tipo preguiçosa que não levanta pra lavar a louça, eu sempre imagino como seria ter uma casa inteira minha. Eu encheria a parede de papéis com desenhos meus, músicas que eu gosto, matérias que gosto de reler, fotografias bonitas. Teria estantes de livros em todos os cômodos. Tocaria música pela casa inteira e ela seria desde rock dos anos 60 até o pop tipicamente Madonna - e MPB pra lembrar da minha mãe. Eu colocaria as fotografias que quisesse e só ligaria a TV quando eu quisesse. Eu teria que cuidar da minha comida e aprenderia a fazer arroz, feijão e tudo o que eu quisesse. Eu plantaria quantas flores quisesse. Eu faria de tudo. E mesmo que eu não pudesse fazer de tudo, eu ainda poderia me trancar dentro dele sem precisar dividir espaço.
Pessoas são necessárias em nossa vida, eu sei.
E viver com outras pessoas é importante em alguma parte, também sei disso.
Mas quando você vive 16 anos vivendo com muita gente e sem ter um espaço seu, meio que se enche disso. Eu me mudarei outra vez (moramos de aluguel por motivos difíceis de se explicar), não sei quando, nem pra onde. Se tivermos sorte, a gente se muda pra uma casa melhor (os aluguéis ficam mais caros a cada vez que mudamos) que vimos que fica do outro lado da cidade. E a cada mudança, eu aprendo que casas são apenas tijolos, ruas são apenas ruas e que o mercado imobiliário é indecente e louco. Como assim uma casa em plena reforma caindo aos pedaços custa a mesma coisa que uma casa toda bonitinha, com seis quartos? O aluguel só aumenta a cada ano, e essa casa que vivo não merece metade do preço que vale, ou seja, baita injustiça.
Além disso aprendi com a experiência de que você NUNCA deve se deixar levar por fotos. Você deve visitar a casa com o pior dos ânimos possíveis. Nada de alegria, esperança, animação - a chance de quebrar a cara direitinho é quase 100%. Casas perfeitas ou são impossíveis ou são caras demais, prepare-se para ter que consertar o chuveiro, a privada, dar um jeito nas baratas, ter vizinhos loucos, perceber que a maior janela é justo a que está emperrada e que o jardim está um lixo. Eu lembro de quatro mudanças que eu fiz e fiz, seguramente, outras três mudanças (porém vagas demais, porque eu era muito pequena).
Por ordem, as que lembro:
A primeira casa era legal. Era bem grande, mas eu era pequena demais, talvez ela fosse menor do que eu imaginava. Ela tinha um canteiro enorme nos fundos. Não era um jardim, e sim vários jardins. Eu adorava plantar flores, ficava comprando bulbos e sementes que vem em saquinhos de papel pra ver se vingava. Tinha muitas rosas e minha irmã odiava porque a nossa cachorra se arranhava passando pelos espinhos. Foi nessa casa que eu aprendi a escrever, vivia vendo Bananas com Pijama, li O Mágico de Oz e fiz o meu primeiro ovo (para desespero de meus avós, porque eu tinha cinco anos, não quis esperar pelo almoço, subi na cadeirinha, joguei o ovo na panela e coloquei ela no fogo e fritei. Eu achei delicioso, mas minha irmã diz que eu queimei).
A segunda casa era a que eu chamava de "casa azul" ou "casa das muriçocas" (será que escreve assim?). Tinha o 'comigo-ninguém-pode' no jardim, eu tive a minha primeira e única amiga vizinha com quem brincava, eu conheci as desigualdades sociais e tinha uma área enorme no fundo onde eu dormia, coberta com lona. Foi a casa onde tivemos um gato (que me odiava, por sinal, mas eu o amava), onde racionamos a energia na época de FHC e ficavámos direto no escuro, onde minha avó morreu e eu entendi que quando alguém 'morria', significava 'partir para sempre'. Não fiquei triste, eu era criança demais. As pessoas me disseram que 'vovó tinha ido pro céu' e eu achava que aquilo era algo feliz. Tipo, não estava com a gente, mas estava em um lugar bom - e eu fazia questão de espalhar a notícia entre meus colegas como fosse uma privilegiada. Não preciso falar que minha professora se sentiu compadecida comigo e me deu os pêsames.
A terceira casa foi meio, hã, terrível. Eu gostei de ter me mudado pra ela (eu sempre gosto do dia da mudança, rs). Mas ao decorrer dos meses, essa casa se mostrou algo bizarro. Para começar eu lembro de ter mais medo de filmes de terror nessa casa do que qualquer outra. Ela era como um caixote: se você fechasse todas as janelas, ela estaria numa escuridão como em uma caverna. Foi a casa onde eu comecei a cuidar dos meus primos menores e onde eu comecei a ser capitalista, vendendo meus desenhos por um real. Era a casa onde eu lia Capricho. Onde comecei a assinar Witch, porque precisava de uma revista para mim - minha irmã tinha Capricho, minha tia tinha Manequim, meu avô tinha Veja, minha mãe gostava de ler Cláudia, e eu? Witch! Acho que fui a primeira assinante da revista da cidade. Mas a casa não era terrível por ser escura. Era terrível porque ela era fria. Ficava quase na esquina da rua que virava um tumulto na Micareta. Trios elétricos passavam e eu os escutava como estivessem ao meu lado. Escutava os tumultos. Tinha gente vomitando na minha calçada! E o outro motivo foi 'ratos'.
Sabe a cena do filme Ratatouille quando ratos dominam a cozinha? Não foi algo daquela escala. Mas por algum motivo tinha ratos naquela casa. Ratos grandes, gordos e que queriam dominar. Começou no quintal. Meu avô matou um queimado! Tacou álcool e fósforo aceso e o bichinho morreu queimado. Eu odiava ratos, mas eu chorei de pena. Até quando eles invadiram a cozinha. Aí ficamos em polvorosa, desconfiando de cada mínimo movimento e tacando veneno em todas as portas. Dias de inferno. Conseguimos nos livrar dele sem ficar com nenhuma doença, aleluia. Mas aí já era hora de mudar a casa,
A quarta casa. A maior, a melhor, a mais bonita. Eu tive um quarto nele durante alguns meses. Foi a casa em que fiquei mais tempo também. Eu tive internet nela. Eu comecei a jogar Neopets, comecei a fotografar, comecei a me viciar em miojo, a adorar ficar em redes, a criar a maior parte das minhas histórias, a moldar minha identidade 'Luna Fortunato', a gostar de animes. Foi onde eu enterrei meu peixe suicida e o hamster hiperativo de minha irmã. E onde eu acabei matando o ratinho da minha colega e minha mãe teve que dar 5 reais pra ela comprar outro. E tinha uma casa do lado que a neta brigava horrores com a mãe e a avó, e era tão briguenta que quando fomos conectar a internet (aquela coisa de casas dividirem a mesma rede), embora a mãe dela tivesse liberado, a filha simplesmente disse não, bateu o pé e não deixou ninguém entrar no quarto dela. E tivemos que conectar com outra casa.
E agora, essa em que vivo, é a quinta que me lembro dos detalhes.
E agora iremos para uma sexta algum dia.
Me desejem boa sorte? Casas são apenas tijolos, mas tijolos são essenciais pra você conseguir se sentir bem.
E hoje é aniversário de minha mãe!
Se um dia você ler isso aqui, mamma, parabéns pelos 50 anos! :)
9 comentários:
Mudança é um saco! Eu morava na Suíça desde de bebê e em 2004 me mudei pro Brasil (minha mãe é brasileira) Foi um horror! Eu não sabia uma palavra de português! (mentira, sabia falar "eu te amo" e só) Imagina meu desespero!? Viver em um país desconhecido, sem saber a língua, um país de costumes totalmente diferentes, pessoas diferentes! Tudo diferente! Os primeiros 6 meses foram um horror, eu vivia chorando! Mas com o tempo eu fui me "acostumando"
Agora planejo terminar a faculdade e voltar pra Suíça, onde mora basicamente toda minha família, já que eu não tenho contato com a familia da minha mãe. Não vejo a hora de voltar! Mas sabe, apesar da mudança ter sido um saco, foi graças à ela que me tornei quem sou hoje! Eu costumava ser tímida demais, e a convivencia com as pessoas simpaticas do Brasil me fizeram mais extrovertida! E agora tenho dois passaportes e dois paises pra torcer na Copa! *-*
O melhor de se mudar são as coisas boas e novas que acontecem com você! Escrevi uma biografia agora ¬¬
Enfim, boa sorte na mudança, Luna! Espero que você tenha um quarto só seu, que você possa colocar um MONTE de desenhos, fotos e afins nas paredes, e que, mais importante ainda, você se sinta bem morando lá!
Beijão ;*
Realmente, a independência é uma das melhores coisas do mundo! Sempre fui doida para ter a minha própria casa, montar meu espaço do meu jeito, mesmo sem saber se virar sozinha. E hoje eu moro com meu marido, em um apato alugado do outro lado do mundo. Ainda não sei me virar sozinha, afinal, é ele quem faz todas as refeições daqui, inclusive meu obento de todos os dias. Eu só sei limpar a casa, lavar a louça e minhas roupas. É, ainda não atingi meu ideal de independência, mas pelo menos estou quase lá! Só de não ter que dividir 4 paredes com pai, mãe, irmã ou sogra, já está bom demais! O resto vem com o tempo... tipo a grana para uma casa própria, né... x_x
Mudanças são legais! Comprar tudo novo, desempacotar as coisas velhas, ajeitar tudo do nosso jeito. Espero que você se divirta com sua breve mudança! ;D
Eu só mudei de casa uma vez (que eu lembre, porque já tinha mudado uma vez, mas só tinha 1 ano). Foi um saco, mesmo que tenha sido só 5 quarteirões para baixo do apartamento antigo. Morava no 14º andar de uma rua estreita e quieta, vim para o 2º, de uma rua principal em que passa ônibus o dia inteiro. Faz dez anos que durmo mal, consequentemente.
Minha mãe vendeu o apartamento antigo para o meu tio. Era muito estranho no começo, meu quarto virar o quarto da Raquel (minha "priminha" que hoje está para fazer 14 anos, é viciada em Twilight, e a quem eu dou aulas particulares de português e tento enfiar algum juízo na cabeça).
Rendia umas boas piadas no começo. Quando tinha festa dele, os meus outros tios perguntavam:
-Ah, é, agora você está morando no apartamento da Cida, né?
E ele:
- NÃO É DA CIDA, É MEU, EU PAGUEI!!!
Ele ficava louco da vida.
Eu sempre tive meu próprio quarto, porque sou filha única. Todo mundo aqui sempre teve seu próprio ambiente. No meu caso, acho um pouco ridículo. Minha mãe ter escolhido mudar para um apartamento que acho muito grande para 3 pessoas. Fica sempre cada um em um cômodo diferente, ninguém fala com ninguém. Sempre detestei isso, acho melhor até que as pessoas briguem do que elas finjam que as outras não existam.
Eu estou procurando apartamento agora (um pequenininho), para mudar e ir morar com o meu noivo. Vou ver se escapo desse conceito em que vivo hoje e tenho com ele um lar de verdade, não um lugar aonde eu vou para dormir.
Mudança só é legal no começo! Eu me recordo de apenas uma mudança. Vivi 11 anos em uma casa, mas nos últimos 4 anos por lá(depois que meu pai faleceu) aquela casa parecia que estava amaldiçoada. Acontecia tudo de ruin e aquilo ficou depressivo. Então, em 2006 me mudei. No começo foi um sonho, mas agora eu acho vários defeitos no lugar e sonho com o meu próprio quarto, do meu jeitinho. Quem sabe um dia eu consiga né. Gostei da sua definição dos quartos, eu também queria um assim. Cheio de fotos, desenhos, frases, músicas.. Boa sorte na mudança! bjss
O sorteio da 6ª Edição do Interativos já foi realizado. Você indicará um tema para http://blogkamilla.blogspot.com/
Lembre-se, você tem até terça-feira (01/06) para indicar o tema.
Confira o resto do sorteio na nossa comunidade do orkut.
Adorei aqui, mesmo >< Enfim, eu tenho que sugerir um tema, né? Eu acho que deveria ser algo ligado a frase "Não há mais tempo disposto a te esperar" é uma musica de uma banda que eu adoro e sempre me faz pensar. :x
eu só mudei uma vez,mas como meus pais eram separados meio que ja morei em tres lugares.Todos apartamentos e apesar de eu me encher sempre de apartameto acho que no futuro ainda vou morar em apartamento rs ja me acostumei.Eu tinha varias amigas no antigo condominio e tb no do meu pai,mas depois de um tempo as pessoas foram se mudando e eu comecei a ficar bem sozinha.Aqui,(onde mora com minha mãe e meu pai)no começo eu tb tinha bastante amigos,mas algus se mudaram e mesmo os que ficaram tb mudaram,ficaram diferentes sabe.Sempre tive meu próprio quarto menos no ap do meu pai,eu tinha mas como não tinha cama eu dormia com ele e a gente fica sempre cada um num canto,uma mega desunião.Hoje em dia vou e vou de carona pra escola com uma vizinha que é meio rabugenta e é bem chato às vezes pq eu tenho q acordar mais cedo do que gostaria e ficar esperando.Mas no final a gente unca tem tanta privacidade como gostaríamos,sempre tem alguem se metendo na nossa vida
Eu to com preguiça de entrar na minha conta do google,mas é a Cris do Guns Ain't Roses e estou acompanhando sempre seu blog só que sou bem relapsa :/ enfim,acho seu blog tão lindo e acho que mudança é uma coisa que só vem para experiência e eu gostaria de mudar às vezes...Bem,no fundo no fundo apesar de cansativo deve ser bom respirar novos ares,´né?
E ainda faltam: o apartamento da alameda das flores, onde eu e vc tivemos a liberdade nunca imaginada no violento rio de janeiro...a casa vermelha no guarani, onde a Taty destroçou um gatinho e meu pai fez a nossa primeira festa de são joão na bahia, com direito à fogueira, bandeirolas e fogos de artifício, e a casa da vovó lá no guarani tbm, no alto da ladeira, onde nos passavamos o dia inteiro nas redes da varanda, e íamos comprar "tudo de bala" no mercadinho em frente...
sem contar as duas casas no rio...
é, luninha...acho que somos bem rodadas! rsrsrs
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