quarta-feira, 1 de agosto de 2012

all you need is love. and integrity, respect, pride, etc.

Foram quase quatro anos.
A parte mais surpreendente disso tudo é que não estamos mal nem nada. Estamos bem, inacreditavelmente bem, apenas percebemos que não estava mais rolando mais do que jeito que queríamos. Então demos stop. a vida continua. 

As pessoas interpretam romances de tantas maneiras e sonham com um Romeu&Julieta, como se esse modelo fosse adequado para qualquer pessoa. Como se o romance absoluto, envolvente, apaixonado, louco fosse o único possível. Como se relacionamentos só pudessem ser fechados, monogâmicos, ensurdecedores de tanta paixão. E então elas buscam por esse amor perdido em algum lugar, e se anulam, se entristecem, se machucam de mil maneiras diferentes. Acontece que o amor nem sempre é assim. Às vezes ele está em um sorriso dado quando você conta que passou no vestibular. Às vezes ele está em uma ligação aleatória só para saber se você tá bem porque, poxa, você não foi na escola hoje. Às vezes ele está simplesmente naquele momento de "olha, eu lembrei de você ao ver isso" em um compartilhamento de facebook.

O amor é superestimado. Mas ele também é subestimado. É tão contraditório, mas é verdade. As pessoas superestimam o amor na hora de imaginá-la como uma força poderosa e destrutiva que deveria reger o mundo, algo que consegue fazer com que todos os relacionamentos se sustentem. Acredita-se que ter um amor para chamar de seu é ter felicidade e isso é a maior mentira que já me contaram. Porém, as pessoas são tão cegas e acreditam tão piamente que todo o "amor" se limite ao que é propagado em comédias românticas que simplesmente subestimam tal sentimento. Simplesmente não percebem que não se consegue perdoar sem ter amor, que não se consegue avançar na vida sem ter amor, que não se consegue comemorar sinceramente a vitória alheia sem ter amor. Amor é dor e sofrimento. Mas também é gratidão e compreensão.

Pessoas tendem a serem dramáticas em casos assim. Acostumaram-se com o meu relacionamento tão duradouro e tão perfeito como uma fantasia perfeita, e então eu peço até desculpas por arranhar essa imagem tão bela na cabeça de vocês. Mas é isso que eu fiz, e é assim que vai permanecer. A vida continua seguindo, meus amores, tão bela e terrível quanto antes. 

2 comentários:

Cris Cavaletti disse...

Posso te dizer a verdade? Eu leio seu blog sempre que posso e muita vezes saio contrariada com as coisas que você diz aqui, temos pensamentos muito diferentes.
No entanto, quando falamos de amor e términos e afins, muitos pontos coincidem e aí está a magia.
Mas posso te dar uma dica? Não sou sua mãe, nem sua amiga e você não me conhece, mas você tem que tentar ser menos pessimista com a vida, o mundo é cheio de merda, mas tente não enxergar só a merda.
Não se chateie, isso é só uma opinião de alguém de fora.

Anônimo disse...

Encontrei este blog completamente por acaso, enquanto digitava "preciso de um filme para ver que não seja demasiado deprimente" (literalmente). Penso que foi o 3º resultado, a postagem sobre o filme Boneca de Luxo. Comecei por ler outra publicação e vim dar a esta. Pois bem, compreendo o ponto de vista e acho-o bastante esclarecerdor, terra-a-terra. Acho que de facto um romance não tem de ser vivido no extremo, em loucura, e sem isso não se torna menos do que á partida será. Claro é normal esperarmos isso mesmo para as nossas vidas, alguma adrenalina, mas a longo prazo nao é sustentável, tão pouco saudável. Os casais funcionam melhor quando são uma equipa e pior quando são adversários num campo de batalha. Mas quem não quer sentir essa paixão ardente pelo menos por uma vez? Acuso-me!, sem preconceitos. ;P
Qualquer barreira de compreensão do discurso dá-se pelo facto de ser portuguesa. Os melhores cumprimentos ** AM