segunda-feira, 22 de março de 2010

nunca adote as menininhas muito inteligentes

No último mês eu assisti dois filmes que tinham o mesmo mote com personagens, enredos e finais diferentes: uma mulher adota uma menina de 9 ou 10 anos, aí coisas estranhas começam a acontecer e as mães desconfiam que há algo de errado com a filha adotiva, mas ela é tão bonitinha, madura e inteligente que ninguém desconfia, mas sim, todos acham que a mãe tá começando a pirar até ter uma tensão e a mãe confirmar que a filha é realmente o próprio 666 -sobrenatural ou não- e luta final, final -q

Eu acho meio problemático quando eles fazem filmes assim, que mostram que adotivos podem dar uns problemas do tamanho da Estátua da Liberdade, considerando toda a luta para que pessoas se animem e adotem uma criança que seja e cuidem dela direitinho. Mas confesso que adoro filme assim, e francamente alguém que deixa de adotar porque num filme a família sofreu por causa disso é alguém meio alienado da realidade, e além do mais, os filhos adotados... eles vieram de alguém, não surgiram do nada. Então se eles são psicopatas ou são o 666 seriam assim com qualquer família, não é? A não ser no caso do Damien, de A Profecia, que nasceu de um chacal - animal da família canidae que está em situação "pouco preocupante" no que se refere a extinção de animais.

Enfim, vaaamos lá aos reviews altamente jornalisticos feitos ao modo Luninha de ser! :D


vamos botar vc no forno rs

Primeiro, o Caso 39

Basicamente são 109 minutos com a diva de cara meio mastigadinha e fofinha Renée Zellweger interpretando uma assistente social que tira uma garota de 10 anos das mãos de pais que tentam matá-la, pondo-a dentro do forno (!). A atuação dela é bem boa, ela praticamente salva o filme inteiro. A atriz que faz a filha ( e a personagem tem o nome de 'Lilith'. Lilith' é o nome do demônio cristão, e no mito hebraico, ela foi a primeira esposa de Adão e se recusou a ser submissa a Deus e a Adão. Então foi expulsa, transformou-se em um demônio e reza a lenda que ela foi a serpente que tentou Eva) também interpreta direito o papel da menininha que era um amor, depois ficou espertinha demais e aí, literalmente, mostrou o demônio que é. Ela não é absolutamente brilhante, mas é capaz.

O filme como um todo não é absolutamente perfeito e assombroso, chegando a ser previsível. Mas vale a pena de qualquer forma: o clima de suspense é bom, e você meio que sente medo da menina, ainda mais porque ela parece barata: pisa, esmaga, queima, tripudia e a desgraçada não se dá mal nunca. Tem que ser uma desgraçada mesmo.

Renée vale a pena, a menina que faz Lilith vale a pena. Só não é inovador, sabe, mas assistir filme de terror com amigos é a melhor coisa que tem se os amigos são divertidos e Caso 39 cumpre esse papel de divertir, assustar e divertir de novo sem ficar muito chato.

P.S.: e o pior de tudo é que adoro o nome Lilith, a ponto de decidir que caso eu tenha uma filha, ela terá esse nome. Pra mim, ela é uma personagem injustiçada simplesmente porque ela simboliza o poder da mulher mediante o homem e a sua revolta em se submeter ao homem pode significar que ela era bem feminista, e por isso gosto dela. '-'




olhar flora versão russo-estoniana-americana

E o... A Órfã!

Eu TENHO que comentar esse! Não sei se veio antes ou depois de Caso 39, mas acho que veio antes.

Muitas pessoas criticam esse filme, dizendo que o final é prevísivel (nunca!), que é ridículo e tosco. Eu discordo. Completamente. A sinopse é básica: Kate e John tem dois filhos, Daniel e Max (que é uma menininha surda de uns 4 anos), e querem adotar uma criança (depois de terem perdido um bebê no parto). Visitam um orfanato de freiras e se encantam com Esther, de nove anos, absolutamente maravilhosa, linda, inteligente, madura para a idade. Aqui entra um aviso: se quiser adotar, nunca escolha a criança que parece inteligente demais para a idade. Se estão num orfanato, elas são do demo -q (tá, brincadeira, mas pode reparar nesses filmes). A menina tem dom para a pintura e a família a acolhe com presentes, compreensão e carinho.

Esther veio da Rússia e usa vestidos antiquados, o que a faz motivo de pilhéria entre os colegas de escola, incluindo o novo irmão dela, o Daniel, que a nega como irmã e zomba dela na escola e dentro de casa. Já a Max, irmãzinha, a adora desde o começo, mas ela é uma pessoa tão doce e meiga que adoraria qualquer pessoa. Porém há algo de errado com Esther. Quando uma menina cai da casinha, Esther está lá. E aos poucos a mãe desconfia que há algo de estranho, e começa a pesquisar pela origem da Esther, da família de onde ela veio. Mas ninguém acredita nela, primeiro porque quem consegue crer na maldade de Esther? E depois Kate tem um histórico de alcoolismo, o que faz com que sua psicológa diga que é um problema dela e não da filha. Então vemos aí como a pequena Esther praticamente enlouquece a mãe, traumatiza a irmã, causa crises de dúvidas e ciúmes no irmão e encanta o pai que não vê algo de errado na garota.

Ela é praticamente um perigo ambulante, a sociopatia bruta.

E recomendo muito, simplesmente porque ela foge dos clichês endemoniados que povoam o cinema de terror. Há clichês clássicos, claro, e há uns sustinhos aqui e ali, mas tudo feito sob medida. O cenário - algumas casas cobertas de neve, com florestas - ajuda a dar o tom de terror, e devo dizer que a casa da família ganha o prêmio de Lar Mais Aconchegante de todos os filmes que já assisti: parece confortável, aconchegante, legal de se viver, ao contrário daquelas casas grandes demais, imensas demais, vazias demais - sempre com um quarto sobrando no final do corredor.

E a menina que faz Esther merece um prêmio pela atuação. Juro.

Papel de parede de A Órfã. Uau, quem não quer uma Esther planejando maldades em cima da menininha desprotegida no seu desktop?




Agradeço os pedidos de melhoras. Sim, sim, minhas mãos ainda doem. Posso digitar, mas beeem mais lento, devagar, senão meus dedos e aquela partezinha que vai do indicador ao polegar ficam doloridos. Vivo usando ataduras pra doer menos (porque, tipo, amortece os pulsos) e tendo que explicar que não quebrei pulso nenhum, nem tentei me matar. ai, ai...

Um comentário:

Laís Dourado disse...

Ahaehae, quando eu era pequena tinha tanto medo de filme de terror que hoje em dia, mesmo n tendo mais medo, n assisto nunca! hahahaeh
mas, né, criança macabra é o que há nesses filmes!
hehhee


ps. Dá uma olhadinha nesse post http://anotheregotrip.blogspot.com/2010/03/interativos.html , pra confirmar se quer brincar c a gente =))